domingo, 5 de agosto de 2007

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O grupo de louvor terminou a sua performance – vibrante, excelente! O auditório continua a aplaudir por alguns minutos (confesso que nunca entendi essa história de bater palmas depois de uma música – que coisa estranha!), extasiado com a agitação provocada pelas canções, bem como pelo envolvimento emocional naquele empolgante momento. Agora resta ao pregador “manter o nível”, falando com o povo, pelo povo, e para o povo. Pressionado pelas circunstâncias, o coitado tem que “dar o seu jeito” para ser interessante (como se dependesse única e exclusivamente dele), ou então as críticas impiedosas dos outrora “adoradores” virão como as bombas fatais lançadas no Oriente Médio.

Que figura interessante, não? Esta ditadura se impõe constantemente em vários círculos cristãos, demonstrando o que realmente importa para algumas pessoas – apenas a satisfação pessoal, em detrimento da Verdade. O pior de tudo é que, para atingir os seus objetivos, muitos ministros têm abandonado a Palavra de Deus para falar sobre qualquer outra coisa – utilizando a Bíblia para isto (pior que descartar as Escrituras, é usá-las para dizer o que Elas condenam).

Uma das ênfases contemporâneas, essas que são capazes de encher auditórios e manter as pessoas atentas, está no valor do homem. “Você é importante pra Deus!”, “Deus tem um plano maravilhoso para a sua vida!”, eles dizem. Você isto, você aquilo, o seu isto, o seu aquilo, tudo girando em torno da importância que o homem possui.

A Bíblia certamente reserva um espaço para falar do valor humano diante de Deus, mas nunca nos termos humanistas. O Salmo 135 dá um bom exemplo disto:

Porque o Senhor escolheu para si a Jacó,
e a Israel para seu próprio tesouro. (Sl.135.4)

A Igreja é descrita como um tesouro para Deus. Que coisa valiosa, não? Existem muitos filmes que descrevem tesouros impressionantes. Para quem gosta de desenhos animados e quadrinhos, as histórias do Tio Patinhas dão uma clara visão do valor de um tesouro. Os filhos de Deus são como as peças mais valiosas de um museu. Aquelas mais protegidas e guardadas com o maior cuidado. Sim, são muito preciosos aos olhos do Pai.

Mas onde está o seu valor? Neles? A Bíblia responde, neste mesmo versículo, indicando duas realidades.

1. Deus os escolheu. A despeito de toda a baboseira humanista e existencialista, o valor dos cristãos aos olhos do Pai está baseado primeiramente no fato de que Ele os escolheu. Alguém poderia objetar que se Deus fez tal escolha, é porque já possuíam algum valor inerente. A resposta para isto está em Romanos 9.11,12.

Porque, não tendo eles ainda nascido, nem tendo feito bem ou mal
(para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não
por causa das obras, mas por aquele que chama), foi-lhe dito
a ela: O maior servirá o menor.

Paulo está falando sobre esta escolha em Rm. 9, e então ele faz a declaração acima transcrita, afirmando que, quando Deus realizou tal ato, Ele desconsiderou qualquer peculiaridade do homem, para que isto não ficasse vinculado ao ser humano, mas somente ao próprio Senhor, e Sua vontade soberana. Em Rm.3.12, ainda está registrado que, diante de Deus, todos se tornaram inúteis, então não foi por qualquer característica do homem que Deus realizou a Sua escolha, mas unicamente por Sua graça.

2. Deus considerou os crentes como Seu tesouro. Que verdade preciosa! Não é o homem, não é a bondade humana, nem as suas obras, não o temperamento de algumas pessoas, mas é Deus! Deus considerou a Sua Igreja valiosa! O seu valor está no fato de que Deus decidiu vê-la como um tesouro caríssimo!

Assim, não há espaço para odes e louvações à personalidade humana. Não há lugar para a exaltação do homem diante de Deus. Pelo contrário, toda a honra e o louvor, inclusive pelo valor do homem, são direcionadas unicamente ao Pai.

Que Ele receba a glória para sempre, e que a Igreja de lado as pressões anti-bíblicas para ouvir unicamente a Bíblia Sagrada.

Um comentário:

Anônimo disse...

Sim, provavelmente por isso e