segunda-feira, 30 de junho de 2008

Uma folha de papel A4 e a Adoração Completa


Quando você tem a adoração "picotada" como um papel, restam apenas recortes tímidos, incompletos e naturalmente confusos sobre tal prática.

É assim que se abre espaço para bizarrices e "inovações exageradas" no meio da igreja. Toda a compreensão do indivíduo está limitada àquele pedacinho que ele tem diante de si. Então ele faz daquilo a verdade universal e mais importante (ou única) sobre o que é e como se deve adorar.

Alguns ficaram com um pedacinho de papel no qual estava escrito "sinceridade". A partir daí, inserem tudo o que lhes vier à mente na adoração a Deus, desde que seja algo sincero.

Outros ficaram com um recorte que continha a palavra "alegria". Estes se dedicam a forçar sorrisos e outras caretas para demonstrar a todos aquilo que eles entendem por tal palavra.

Há um grupo que ficou com a expressão "manifestações concretas". São aqueles que não consideram adoração quando não há o levantar das mãos, ou as lágrimas descendo pelo rosto. Quem não age assim é frio, um "sorvete espiritual".

Algumas pessoas ficaram com o papel do "intelecto". Lutam pra fazer uma dissociação entre razão e emoção, e não aceitam expressões emotivas de forma alguma na adoração. Qualquer sinal de aproximação do modelo "sentimental" é encarado como um terrível perigo.

Isto me lembra a história dos cegos tocando partes diferentes do elefante e tentando descrevê-lo a partir de suas perspectivas.

A adoração incompleta é perigosa por ser limitada, auto-suficiente, e anti-bíblica. O ato de adorar não é um fim em si mesmo. Ele é voltado para Deus, e deve ser como Deus ordena.

Seria uma boa começar a juntar os pedaços deste quebra-cabeça, para percebermos a bela imagem de uma adoração bíblica.

Um comentário:

André von Held Soares disse...

Muito legal!
Um abraço e a paz!