quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Duas pessoas convencionais e sadias - por Roosevelt Santos Nunes

Uma breve nota de abertura - Este post foi escrito por um novo amigo, e alguém por quem tenho desenvolvido grande respeito: Roosevelt Santos Nunes. O cara é acadêmico de medicina, comprometido com Deus e com a igreja, meu parceiro de oração, e ativo na evangelização dos universitários. Mandou este material por e-mail, e eu logo pedi para publicar. Com a devida autorização, apresento esse belo texto.

Deus te abençoe, Roosevelt.


Duas pessoas convencionais e sadias

Vocês conhecem Reinaldo Azevedo e Augustus Nicodemus? Eu, sinceramente, preferiria que o último livro que escreveram não tivessem sido lançados, mas a realidade que grassa por aí faz com que precisemos de "espíritos de porco" como eles, que procuram estragar os prazeres dos petralhas e dos parasitas da Igreja. E engana-se quem pensa que eles se comportam como gurus, eles apenas exercem o direito que lhes cabe: emitir opiniões, denunciando as coisas mal-cheirosas do Estado e da Igreja. Lendo-os fico com a impressão de que sofremos de maneira epidêmica de preguiça mental, pois basta pensarmos (com os referenciais absolutos, logicamente) para vermos as enganações. Pois é, Paulo não elogiou à toa os bereanos: os "desconfiados" é que são os sadios, ao contrário de nós, que parecemos crianças acreditando em toda promessa ou história fabulosa que ouvimos. Já perceberam que a blindagem da mentira é mais mentira? (óbvio, né?) Aqueles que agem como pessoas sadias (bereanamente falando) são vistos como, no caso de Reinaldo Azevedo, "contra o Brasil" (Samuel Johnson escreveu certa vez que "o patriotismo é o último refúgio dos canalhas"; interessante, né?) ou como, no caso de Augustus Nicodemus, "contra a liberdade do Espírito de Deus".

Augustus Nicodemus lançou na última bienal do livro de São Paulo "O que estão fazendo com a igreja", que é uma coletânea de posts publicados por ele no blog O Tempora, O Mores, que objetiva "provocar a reflexão por parte dos evangélicos brasileiros sobre o estado atual da igreja". A capa do livro é genial: um peixe (símbolo do cristianismo) numa lata de lixo. Nesse livro (ou mesmo no blog) ele também aborda as bizarrices das igrejas tradicionais, que são os neo-ortodoxos e os liberais, aqueles indivíduos que não crêem que a Bíblia é a Palavra de Deus, que Jesus não ressuscitou e que têm o dom de sepultar igrejas ("fogo amigo"); também pudera, né?, pois eles utilizam a Bíblia como pretexto para falar de filosofia, sociologia, antropologia etc.

Já Reinaldo Azevedo é tido como espião dos EUA, país que pretende conquistar o Brasil em breve, tendo como ponto de partida a invasão da Amazônia. Ah, esqueci de dizer que ele escreve na Revista Veja, logo (cartesianamente falando), é servo de Satã. Brincadeira, obviamente. O cara simplesmente possui o blog de política mais influente do Brasil e segue o mote do jornalismo verdadeiro: jornalismo que não é de oposição é loja de secos e molhados. Ele possui uma grande obsessão: a denúncia do petralhismo, que é aquela corrente ideológica vigente no país, que defende "o roubo social e o acobertamento de todos os crimes cometidos em nome do partido". Por isso, o livro que ele escreveu se chama "O país dos petralhas". Diogo Mainardi escreveu para a Veja uma resenha sobre o livro do seu amigo, da qual destaco o seguinte trecho: "Apesar de estar sempre em guerra, Reinaldo Azevedo se considera 'bastante convencional'. O que isso quer dizer? Quer dizer que ele chama 'crime de crime, ladrão de ladrão, bandido de bandido'. E acrescenta: 'No auge de minha esquisitice, defendo o cumprimento da lei'".

Façamos resistência ao espírito de rebanho! Leiamos os "espíritos de porco".

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