Eu nunca tinha lido nada de Clarice Lispector. De início, seu texto peculiar com figuras e expressões diferentes daquilo que costumo ler foram um pouco estranhos. Até que mergulhei na história de Macabéa.
Para saber melhor quem é Macabéa você deve ler a obra, mas uma série de implicações brota da compreensão do texto. Pode ser que a autora não tenha escrito "a hora da estrela" com o objetivo de ensinar algo, mas o seu retrato da realidade é tão tocante e fiel em muitos aspectos, que não há como deixar de aprender algo.
Clarice escreve sobre uma mulher que não sabe quem é, e por isso não pode chegar a lugar algum.
Ela pinta a figura de um homem iletrado, porém orgulhoso - tudo o que ele consegue com isso é passar vergonha. [Ainda não entendi por que ela me parece querer justificá-lo e desconsiderar suas faltas].
Enfim, a dura realidade da vida, dos relacionamentos, da subserviência ignorante, da esperança frustrada, da dor como encontro de si, entre tantas outras questões, passa pela pena de Clarice, com o seu modo autêntico de escrever.
Penso que o livro não apresenta a redenção. E penso que isso parte da cosmovisão da autora - mas precisarei ler outros livros dela para falar mais sobre isso...
Um livro para sorrir e chorar, encantar-se e odiar, temer e criar coragem. Vale a pena a leitura, se você consegue abstrair um pouco e se deixar levar no texto simbólico de Clarice.
- o livro foi indicação de uma amiga - às vezes é bom ouvir quem nos indica alguma obra [tirando os best sellers cristãos da contemporaneidade, com exceções. Hehe.]
Para saber melhor quem é Macabéa você deve ler a obra, mas uma série de implicações brota da compreensão do texto. Pode ser que a autora não tenha escrito "a hora da estrela" com o objetivo de ensinar algo, mas o seu retrato da realidade é tão tocante e fiel em muitos aspectos, que não há como deixar de aprender algo.
Clarice escreve sobre uma mulher que não sabe quem é, e por isso não pode chegar a lugar algum.
Ela pinta a figura de um homem iletrado, porém orgulhoso - tudo o que ele consegue com isso é passar vergonha. [Ainda não entendi por que ela me parece querer justificá-lo e desconsiderar suas faltas].
Enfim, a dura realidade da vida, dos relacionamentos, da subserviência ignorante, da esperança frustrada, da dor como encontro de si, entre tantas outras questões, passa pela pena de Clarice, com o seu modo autêntico de escrever.
Penso que o livro não apresenta a redenção. E penso que isso parte da cosmovisão da autora - mas precisarei ler outros livros dela para falar mais sobre isso...
Um livro para sorrir e chorar, encantar-se e odiar, temer e criar coragem. Vale a pena a leitura, se você consegue abstrair um pouco e se deixar levar no texto simbólico de Clarice.
- o livro foi indicação de uma amiga - às vezes é bom ouvir quem nos indica alguma obra [tirando os best sellers cristãos da contemporaneidade, com exceções. Hehe.]
2 comentários:
Costumo dizer que ninguém consegue entender a mente de uma mulher como Clarice. Suas obras para mim são uma delícia de ler, uma fantástica viagem, é como enfim encontrar alguém que me compreenda =).
Destaque para as palavras: cosmovisão, subserviência e abstrair.
"Um livro para sorrir e chorar, encantar-se e odiar, temer e criar coragem."
Adorei o post =)
Beijos
♥
Que bom que você gostou! Adorei os arrazoados! :p
Postar um comentário