quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Dia do soldado (atrasado)

Ontem foi o dia do soldado e eu não escrevi nada por aqui. Não por esquecimento, propriamente, mas porque não pude escrever sobre assunto nenhum - dia corrido...

Falar das forças armadas gera algum tipo de comoção social maniqueísta. Duas forças opostas se encontram nesta batalha: os que amam loucamente os "milicos", e os que demonstram o seu ódio voraz pelos fardados.

Muito do ódio popular pelos militares vem da "memória coletiva" do golpe de 64. Digo memória coletiva entre aspas e me explico: de memória não tem nada. Nem de coletiva. Um grupo de intelectuais orgânicos [a serviço da sua ideologia] forjou a história do golpe, e assim a espalhou por meio dos livros escritos (já viram quantos livros se propõem a recontar a história da revolução, e todos sob o mesmo prisma?), das aulas nas universidades e escolas, das artes, etc., etc.

Daí se tem uma memória coletiva que não passa de imaginação concentrada. Culturalmente implantada na mente do povo, passou a fazer parte do nosso modo de pensar, e foi engolida sem críticas.

Quero dizer, com isso, que não houve excessos no golpe de 64? Quero dizer que não houve torturas? Quero dizer que os "milicos" são perfeitos?

De maneira alguma.

Não me classifico no esquema maniqueísta. Não adoro os militares, nem os odeio. Apenas os respeito, e sei que sem a sua atuação, hoje poderíamos ser uma Cuba piorada.

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