segunda-feira, 14 de setembro de 2009

A resposta do Evangelho


No meio de uma cultura marcada pelos conflitos e incertezas, quem ou o que trará segurança? No contexto das dúvidas e angústias, o que promoverá alívio? Entre o desespero e a culpa, qual será a solução? Os dilemas levantados pelas novelas e jornais terão alguma resposta?

Existem duas propostas alcançando popularidade na cultura contemporânea: o pragmatismo e o relativismo. Em linhas gerais, ambas pretendem lidar com as questões acima a fim de, se não oferecer uma solução “verdadeira”, pelo menos prover um meio eficaz para se continuar vivendo.
O relativista afirma que a insegurança, as dúvidas, angústias e dilemas são, no fim das contas, fruto de uma perspectiva distorcida da realidade. Essas crises só existem porque as pessoas estão adotando um padrão objetivo para lidar com os fatos. “No fundo, no fundo,” – para soar mais pessoal – “não existem padrões capazes de regular objetivamente a realidade”.

A resposta do relativista, em vez de encarar os problemas e tratá-los com seriedade, é negá-los, afirmando que o motivo fundamental das lutas não existe, e assim elas se dissipam.

Seria, então, a solução dos conflitos éticos, o fim da ética e dos padrões morais? Seria a solução do mal no mundo a negação do conceito de mal? (Parar de olhar para algo vai fazer aquilo deixar de existir?).

O pragmático busca resolver a questão de outra maneira. Não tenta negar a realidade, ou fragmentá-la a fim de internalizar a construção do mundo. Sua abordagem está em tirar proveito daquilo que pode gerar o resultado desejado. Qualquer “coisa” que promova segurança é a resposta adequada, pois funciona. Qualquer comportamento que confira alívio é legítimo, pois atende à necessidade. Qualquer prática que remova o sentimento de culpa é boa – o importante é a eficácia.

A solução pragmática caminha de mãos dadas com o “jeitinho brasileiro”, sempre na malandragem e esperteza dos que desejam se dar bem em tudo. O pragmatismo não se preocupa se a resposta é verdadeira ou não, mas apenas se ela funciona. Não quer saber se existe um fundamento adequado, desde que o desejo seja atendido.

Por isso, a resposta pragmática é qualquer uma que aparentemente resolva o problema. Duas pessoas com a mesma pergunta poderão ter soluções absolutamente contrapostas, pois o que “funciona” para um pode ser diferente do que atende o outro.

Com isso, a realidade é distorcida, e a visão de mundo dos indivíduos promove o desespero e a insatisfação. O relativista continuará negando as crises, mas ainda sentirá, na sua consciência, a evidência mais clara de que existem absolutos. O pragmático persistirá em buscar apenas o que “funciona”, mas ficará insatisfeito, percebendo que a sua sede de algo verdadeiro não foi suprida.

Somente o evangelho – a visão de mundo bíblica – lida com os dilemas do homem de maneira honesta e completa. Sem negar a realidade, nem faltar com a verdade, as boas novas da salvação em Jesus oferecem a solução para o dilema fundamental do homem, produzindo desdobramentos que afetam cada área de sua existência.

Solus Christus.

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