sábado, 24 de outubro de 2009

livrins dos últimos meses: Helena, M. de Assis, Elevação, 205 p.

Novamente a relação entre amor e ética nos escritos machadianos.

Helena ama o suposto irmão, que também a ama. Ela sabe que não é sua irmã, mas preserva o segredo por amor ao seu pai.

Ela deve, então, continuar encorajando o relacionamento do "irmão com outra mulher" e guardar pra si o amor? Deve contar a verdade e se envolver finalmente com Estácio (o suposto irmão)? E como fica o seu pai? (para saber o que o pai de Helena tem a ver com essa história, pelo menos por ora, você deve ler o livro).

A verdade vem à tona. De modo trágico, mas vem. Não apenas a verdade sobre Helena, mas sobre os sentimentos de Estácio.

A redenção é obtida apenas no fim da obra, de um modo intrigante - cabe uma análise bíblica da coisa. Se não escrevo aqui, é pra não estragar a surpresa dos leitores.

As personagens da obra revelam facetas da humanidade, bem como os nossos próprios males. Estórias como essa extrapolam a categoria do entretenimento, para produzir auto-conhecimento.

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