A visão reducionista-maniqueísta de mundo é patente na obra, do início ao fim. Só existem dois lados: os bons (a classe "trabalhadora") e os maus (os burgueses).
Tal visão fragmentada da sociedade, além de ingênua, é injusta. Torna impossível uma relação de cooperação entre patrão e empregado, desafiando diretamente o ensino bíblico sobre as relações empregatícias.
A própria idéia de revolução no sentido usado neste manifesto é bastante problemática, especialmente se comparada com o ensinamento Escriturístico sobre nossa relação com o Estado/Governo.
Não existem indivíduos nesse livro. Apenas classes, massas, grupos, etc. Ninguém fala em nome próprio, ninguém assume pessoalmente a responsabilidade por nada. O manifesto pela "libertação do proletariado" implica a extinção do indivíduo.
Para quem gosta dos clichês esquerdistas, a leitura pode ser interessante. Mas só para eles.
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