sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Livrins dos últimos meses: manifesto do partido comunista, Marx e Engels, Expressão popular, 66 p.

Outra leitura desagradável, porém necessária.

A visão reducionista-maniqueísta de mundo é patente na obra, do início ao fim. Só existem dois lados: os bons (a classe "trabalhadora") e os maus (os burgueses).

Tal visão fragmentada da sociedade, além de ingênua, é injusta. Torna impossível uma relação de cooperação entre patrão e empregado, desafiando diretamente o ensino bíblico sobre as relações empregatícias.

A própria idéia de revolução no sentido usado neste manifesto é bastante problemática, especialmente se comparada com o ensinamento Escriturístico sobre nossa relação com o Estado/Governo.

Não existem indivíduos nesse livro. Apenas classes, massas, grupos, etc. Ninguém fala em nome próprio, ninguém assume pessoalmente a responsabilidade por nada. O manifesto pela "libertação do proletariado" implica a extinção do indivíduo.

Para quem gosta dos clichês esquerdistas, a leitura pode ser interessante. Mas só para eles.


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