quarta-feira, 18 de novembro de 2009

LIBERDADE OU AUTONOMIA? ... [8]

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS


A envolvente luta de Truman para resgatar a sua liberdade envolve o espectador, que, por vezes, se percebe torcendo para que o seu casamento seja rompido, e as estruturas sejam quebradas a fim da realização do protagonista. Ainda assim, o resultado não é exibido na obra. A escolha por uma vida “autônoma” produz novos conflitos, não exibidos pelo diretor.

O poder de sedução de obras desse perfil deve deixar a igreja atenta. Condenar as artes e a observação de filmes dessa natureza – que muitas vezes retratam de maneira fidedigna alguns dilemas do homem contemporâneo – não parece postura sábia.

Ao mesmo tempo, não analisar criticamente a cultura é se deixar levar no mercado das idéias, ficar ao sabor dos novos (e velhos) sistemas, sem referencial firme para sustentar o homem diante das crises.

A perspectiva Teo-referente busca resolver o problema, afirmando que existe o dilema da liberdade entre os homens. Mas Deus não é um carrasco mesquinho como Christof, e a solução não está na rejeição absoluta de padrões. A liberdade tem o seu lugar, mas a autonomia, não. A correção da perspectiva sobre a Redenção nos faz voltar os olhos para a Criação e a Queda: o homem foi escravizado, Cristo é o libertador[10].


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[10] Romanos 6 lida com a questão da escravidão humana. Em Cristo o homem é liberto da escravidão do pecado, e passa a ter Jesus como o seu Senhor.

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