Senhores,
Há muito para fazer e pouco tempo [ou o uso que eu faço dele é que é ruim mesmo...]. Digo isso para explicar que por ora não vai ser possível uma resposta mais meticulosa e detalhada ao Douglas e aos demais que se incomodaram com o artigo “Missões e(m) crise” - especificamente o segundo tópico, que trata do esquerdismo.
O clima de animosidade percebido em alguns comentários, posts e e-mails também não é saudável, e me desestimula na continuidade desta discussão. Não que eu pare de falar sobre algo porque alguém não está gostando do que eu digo, mas quando um clima de inimizade começa a se formar, talvez seja adequado pelo menos dar uma pausa na conversa.
Dito isto, resumirei a minha resposta a este sucinto post – possivelmente incompleto para alguns, falho para outros, covarde, ainda, para terceiros.
Se eu fosse transcrever cada trecho a que pretendo responder, esse post ficaria gigante. Então peço a paciência de vocês: se quiserem acompanhar cada resposta dentro do contexto, leiam primeiro, ou paralelamente, os escritor de quem eu estou respondendo. Também não responderei aos comentários sobre mim (refiro-me aos mais pessoais) – não seria interessante para ninguém.
Às respostas:
Discordo de Douglas Rezende pelas seguintes razões:
1.O “completamente equivocado” do texto por ele publicado não diz com clareza quais os trechos errados do parágrafo, para que a situação seja devidamente analisada. Ou, por outro lado, ele pode estar dizendo que o parágrafo inteiro está equivocado – o que não pode ser sério, pois pelo menos as informações de que ele deu entrevista ao podcast renovatio café, e participa da rede FALE, são públicas e incontestáveis. A informação de que ele trabalha a partir da perspectiva esquerdista também é verossímil: é por ele apresentada com clareza categórica no podcast;
2.Os trechos bíblicos por ele apresentados devem ser compreendidos dentro do seu contexto.
3.Reconheço, como o Douglas, que os pobres precisam ser amados e ajudados de maneira ampla pelos cristãos. Reitero, porém, que os textos bíblicos por ele mencionados tratando dos pobres, não o fazem segundo a cosmovisão esquerdista, que enxerga a sociedade polarizada entre ricos e pobres, burguesia e proletariado. Não buscam criar uma inimizade entre “classes”, mas a integração amorosa.
4.A crítica do texto de Isaías não coloca sobre o Estado o direito (nem a obrigação) de violar a propriedade privada dos cidadãos. Reconheço que o problema da terra deve ser cuidadosamente analisado e repensado, para que os desabrigados tenham onde morar. Ainda assim, o fundamento bíblico para isso não está em Isaías, pois este não trata do papel estatal. A função do Estado é estabelecida em textos como Rm. 13 – punir os maus e proteger a liberdade dos cidadãos.
Para os que ouviram a entrevista dele no podcast, apenas direi que discordo da visão que os sem-terra não trabalham na ilegalidade. Os eventos recentes de invasão, vandalismo, e as lesões corporais demonstram a quebra da legalidade.
O Caio Marçal comentou no blog da Aliança Jovem Reformada. Respondo:
5.Discordo que seja necessária uma declaração taxativa para indicar os compromissos ideológicos de indivíduos ou grupos. Ainda assim, nada foi afirmado sobre a rede FALE em si.
O Gito comentou no blog da AJR e escreveu um post de resposta em seu blog. Respondo:
6.Alterei a informação sobre a sua filiação à JOCUM. Ainda assim, isto não altera o sentido do trecho, que se refere ao seu pensamento, e não ao da JOCUM.
7.Concordo que missões devem ser pensadas com os aspectos sociais que as envolvem. O texto não negou isso.
8.Discordo que todas as ações em prol do pobre sejam atribuídas a uma ação esquerdista. Há quem faça isso hoje livre das pressuposições marxistas. A história da Igreja também é cheia de exemplos nesse sentido.
9.Pela leitura do texto, vejo que a tese do Gito girou toda em torno da ação em prol dos pobres. Eu não escrevi nada contra a ação social em direção a eles, então o autor atacou apenas a caricatura que ele criou do que eu escrevi. Pensamos da mesma maneira no que diz respeito a amar os necessitados.
10.A sentença “Esta é a minha afirmação política: Não tenho partidos, sou discípulo de um prisioneiro político” do Gito sugere alguma neutralidade em questões políticas. Discordo que isto exista. Os pressupostos dele o norteiam e estabelecem uma maneira de ver a realidade em todos os seus aspectos – inclusive o político.
11.Se o Gito tivesse observado melhor o artigo completo, ou o blog em si, veria que a ABU e outros expoentes, como ele menciona, não foram ignorados. Ainda assim, discordo que eles necessariamente teriam que ser mencionados para demonstrar o ponto. Se a idéia era indicar que há missionários influenciados pelos pressupostos de esquerda, bastava indicar alguns deles, e não todos.
12.Concordo que “tem gente trabalhando com os pobres faz tempo!”. Mas isso não tem nada a ver com o que eu escrevi.
13.Concordo que “tem gente chamando essa moçada de 'gente de esquerda' faz tempo!” - mas muitos deles assumem abertamente que são esquerdistas(ou seja, eles não precisam que ninguém os chame assim) – cf. a minha pequena entrevista com o Ariovaldo Ramos.
14.Discordo que ilustrar idéias com as “pérolas” do blog do Gito seja pouco. A menos que alguém esperasse outro objetivo do texto. Para os fins pretendidos, os exemplos foram adequados.
A Soninha comentou no blog da AJR. Respondo:
15.Discordo que o termo tragédia aplicado às consequências do esquerdismo para os cristãos deva ser usado entre aspas, como ela faz. Os cristãos perseguidos nos países socialistas/comunistas diriam que aquilo foi, de fato, uma tragédia.
16.Concordo que muitos dos missionários com a perspectiva de esquerda têm saído da zona de conforto – atitude que merece louvor. Isso não foi questionado no artigo.
Assim concluo a conversa sobre esse artigo, que, após a revisão final será publicado na seção de artigos e publicações no menu em cima.
A minha expectativa é que as conversas sobre esses itens produzam reflexão, e não mágoas.
Pelo Rei, e pelo Reino,
Allen Porto
SDG
Há muito para fazer e pouco tempo [ou o uso que eu faço dele é que é ruim mesmo...]. Digo isso para explicar que por ora não vai ser possível uma resposta mais meticulosa e detalhada ao Douglas e aos demais que se incomodaram com o artigo “Missões e(m) crise” - especificamente o segundo tópico, que trata do esquerdismo.
O clima de animosidade percebido em alguns comentários, posts e e-mails também não é saudável, e me desestimula na continuidade desta discussão. Não que eu pare de falar sobre algo porque alguém não está gostando do que eu digo, mas quando um clima de inimizade começa a se formar, talvez seja adequado pelo menos dar uma pausa na conversa.
Dito isto, resumirei a minha resposta a este sucinto post – possivelmente incompleto para alguns, falho para outros, covarde, ainda, para terceiros.
Se eu fosse transcrever cada trecho a que pretendo responder, esse post ficaria gigante. Então peço a paciência de vocês: se quiserem acompanhar cada resposta dentro do contexto, leiam primeiro, ou paralelamente, os escritor de quem eu estou respondendo. Também não responderei aos comentários sobre mim (refiro-me aos mais pessoais) – não seria interessante para ninguém.
Às respostas:
Discordo de Douglas Rezende pelas seguintes razões:
1.O “completamente equivocado” do texto por ele publicado não diz com clareza quais os trechos errados do parágrafo, para que a situação seja devidamente analisada. Ou, por outro lado, ele pode estar dizendo que o parágrafo inteiro está equivocado – o que não pode ser sério, pois pelo menos as informações de que ele deu entrevista ao podcast renovatio café, e participa da rede FALE, são públicas e incontestáveis. A informação de que ele trabalha a partir da perspectiva esquerdista também é verossímil: é por ele apresentada com clareza categórica no podcast;
2.Os trechos bíblicos por ele apresentados devem ser compreendidos dentro do seu contexto.
3.Reconheço, como o Douglas, que os pobres precisam ser amados e ajudados de maneira ampla pelos cristãos. Reitero, porém, que os textos bíblicos por ele mencionados tratando dos pobres, não o fazem segundo a cosmovisão esquerdista, que enxerga a sociedade polarizada entre ricos e pobres, burguesia e proletariado. Não buscam criar uma inimizade entre “classes”, mas a integração amorosa.
4.A crítica do texto de Isaías não coloca sobre o Estado o direito (nem a obrigação) de violar a propriedade privada dos cidadãos. Reconheço que o problema da terra deve ser cuidadosamente analisado e repensado, para que os desabrigados tenham onde morar. Ainda assim, o fundamento bíblico para isso não está em Isaías, pois este não trata do papel estatal. A função do Estado é estabelecida em textos como Rm. 13 – punir os maus e proteger a liberdade dos cidadãos.
Para os que ouviram a entrevista dele no podcast, apenas direi que discordo da visão que os sem-terra não trabalham na ilegalidade. Os eventos recentes de invasão, vandalismo, e as lesões corporais demonstram a quebra da legalidade.
O Caio Marçal comentou no blog da Aliança Jovem Reformada. Respondo:
5.Discordo que seja necessária uma declaração taxativa para indicar os compromissos ideológicos de indivíduos ou grupos. Ainda assim, nada foi afirmado sobre a rede FALE em si.
O Gito comentou no blog da AJR e escreveu um post de resposta em seu blog. Respondo:
6.Alterei a informação sobre a sua filiação à JOCUM. Ainda assim, isto não altera o sentido do trecho, que se refere ao seu pensamento, e não ao da JOCUM.
7.Concordo que missões devem ser pensadas com os aspectos sociais que as envolvem. O texto não negou isso.
8.Discordo que todas as ações em prol do pobre sejam atribuídas a uma ação esquerdista. Há quem faça isso hoje livre das pressuposições marxistas. A história da Igreja também é cheia de exemplos nesse sentido.
9.Pela leitura do texto, vejo que a tese do Gito girou toda em torno da ação em prol dos pobres. Eu não escrevi nada contra a ação social em direção a eles, então o autor atacou apenas a caricatura que ele criou do que eu escrevi. Pensamos da mesma maneira no que diz respeito a amar os necessitados.
10.A sentença “Esta é a minha afirmação política: Não tenho partidos, sou discípulo de um prisioneiro político” do Gito sugere alguma neutralidade em questões políticas. Discordo que isto exista. Os pressupostos dele o norteiam e estabelecem uma maneira de ver a realidade em todos os seus aspectos – inclusive o político.
11.Se o Gito tivesse observado melhor o artigo completo, ou o blog em si, veria que a ABU e outros expoentes, como ele menciona, não foram ignorados. Ainda assim, discordo que eles necessariamente teriam que ser mencionados para demonstrar o ponto. Se a idéia era indicar que há missionários influenciados pelos pressupostos de esquerda, bastava indicar alguns deles, e não todos.
12.Concordo que “tem gente trabalhando com os pobres faz tempo!”. Mas isso não tem nada a ver com o que eu escrevi.
13.Concordo que “tem gente chamando essa moçada de 'gente de esquerda' faz tempo!” - mas muitos deles assumem abertamente que são esquerdistas(ou seja, eles não precisam que ninguém os chame assim) – cf. a minha pequena entrevista com o Ariovaldo Ramos.
14.Discordo que ilustrar idéias com as “pérolas” do blog do Gito seja pouco. A menos que alguém esperasse outro objetivo do texto. Para os fins pretendidos, os exemplos foram adequados.
A Soninha comentou no blog da AJR. Respondo:
15.Discordo que o termo tragédia aplicado às consequências do esquerdismo para os cristãos deva ser usado entre aspas, como ela faz. Os cristãos perseguidos nos países socialistas/comunistas diriam que aquilo foi, de fato, uma tragédia.
16.Concordo que muitos dos missionários com a perspectiva de esquerda têm saído da zona de conforto – atitude que merece louvor. Isso não foi questionado no artigo.
Assim concluo a conversa sobre esse artigo, que, após a revisão final será publicado na seção de artigos e publicações no menu em cima.
A minha expectativa é que as conversas sobre esses itens produzam reflexão, e não mágoas.
Pelo Rei, e pelo Reino,
Allen Porto
SDG
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