domingo, 6 de junho de 2010

Fundamentalista ou reformado? J. Gresham Machen e sua resposta ao liberalismo teológico clássico [1]


1 INTRODUÇÃO

Quando se fala em liberalismo, nomes como Ritschl e Schweizer logo vêm à mente. Quando se fala em fundamentalismo, o nome J. Gresham Machen também logo surge. A proposta do presente trabalho é analisar a relação entre três dos nomes mencionados acima, a saber: J. Gresham Machen, o liberalismo, e o fundamentalismo.

A contribuição de Machen, bem como sua representatividade em uma resposta reformada ao liberalismo justificam a sua escolha para a presente análise. Poucos pensadores conseguiram aliar tão bem uma erudição cultural com equilíbrio e fidelidade teológica, bem como vigor ministerial. Machen combinou tudo isso, como será apresentado adiante.

A questão composta que norteou a análise foi: Qual foi a reação de Machen aos liberais, e tal abordagem o configura como um fundamentalista? Para se obter luz sobre o assunto, foi utilizada a pesquisa bibliográfica. Obras do apologeta em referência, bem como biografias e artigos relacionados foram levantados e estudados para a mini-monografia ora apresentada.

Pelo caráter limitado do trabalho, não se pretende aqui uma análise extensa dos detalhes biográficos de John Machen – para isto, biografias completas foram elaboradas, como a de Stonehouse, ou o artigo biográfico do Dr. Valdeci Santos1 –, nem uma avaliação profunda de sua abordagem apologética ou dos tópicos polêmicos tratados na controvérsia modernista-fundamentalista.

O objetivo é lidar com a questão levantada, e fazer relações a partir das descobertas, para a melhor compreensão de uma resposta reformada a abordagens teológicas heterodoxas. Para tanto, o trabalho será organizado em torno de eixos fundamentais: (1) síntese biográfica de Machen, (2) descrição do liberalismo e seus efeitos sobre a igreja, (3) a reação de Machen ao liberalismo, (4) a diferença de abordagem entre Machen e os fundamentalistas e (5) avaliação da obra “Cristianismo e Liberalismo”. Ao final, uma conclusão traça perspectivas sobre o ministério de Machen, e o liberalismo na atualidade.

A redenção da mente passa pela produção de artigos, monografias e trabalhos que resgatem uma cosmovisão cristã aplicada ao contexto acadêmico. Que este trabalho seja exemplo de uma obra comprometida com os pressupostos cristãos ortodoxos, para a glória de Deus.

Um comentário:

Ivonete Silva disse...

Olha só uma foto do Machen... Muito lecal.