sexta-feira, 30 de julho de 2010

Vc é amilenista, tendendo ao pós, certo? Noto em seu blog um certo desprezo pela "questão social", ou pelo menos quanto ao modo que a esquerda o vê. Acha que o pós-milenismo nos legitima a preocupar com mais justiça social, ou isso é desnecessário?

Ainda estudo a questão escatológica, mas se tivesse de me definir hoje, ainda seria amilenista. Gosto de alguns pontos dos preteristas pós-milenistas, sim. No entanto, por ainda precisar estudar melhor o ponto, não saio por aí me definindo sobre a coisa.

Não desprezo a questão social, de modo algum. Mas, de fato, abomino o modo como a esquerda a vê.
Especialmente os esquerdistas cristãos, que rejeitam o papel fundamental da igreja como formadora de cristãos, para transformá-la em uma ONG.

Os cristãos esquerdistas, em nome da mentalidade coletivista, desejam que a igreja seja a grande responsável pela transformação social, enquanto deixa o evangelho em segundo plano. Penso que cabe à igreja ensinar bem os cristãos, para que estes ajam na sociedade.

A esquerda pensa em "tapar buracos" - sua ação social é toda voltada para uma prática lulista-assistencialista de dar comida e moradia. Não se pensa em uma ação a longo prazo, de formar cristãos sábios, capazes de se engajar na cultura e cumprirem a sua vocação, causando assim um impacto duradouro e verdadeira transformação.
Resumindo, são tantas as fraquezas da mentalidade esquerdista cristã que eu só posso rejeitá-la.

Acredito que o pós-milenismo, com sua ênfase de reconstrução da sociedade a partir do cristianismo, pode sim legitimar a preocupação social cristã, de um modo melhor do que os esquerdistas fazem. Ainda assim, o envolvimento de muitos têm sido apenas no âmbito político, deixando o resto da cultura para os não cristãos, e isso, como bem demonstrou a Nancy Pearcey, é ineficaz.

Abraço, e obrigado pela pergunta.

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