quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Correndo (David Quinlan)

A minha alma anela por ti
Meu espírito anseia por ti
Este mundo não tem nada pra mim
Quero ser santo pra te encontrar
Estou correndo, correndo pra ti
Estou correndo, correndo pra ti
Estou correndo pra te encontrar
Estou correndo pra te abraçar
Correndo, correndo, correndo, correndo pra ti
Correndo, correndo, correndo, correndo pra ti
Correndo, correndo, correndo, correndo pra te encontrar
Correndo, correndo, correndo, correndo pra te abraçar

Sinopse: O autor refere-se à corrida para Jesus, um anseio de sua alma e de seu espírito. Registra que este mundo não tem nada para ele, por isso deseja ser santo para esse encontro, ao mesmo tempo em que está correndo para abraçar Jesus.

Principais Temas: Comunhão com Deus, Antropologia Teológica, Santificação, Vida Cristã.

Análise: O início da música se assemelha a salmos como o 42.1, demonstrando a sede de Deus e a necessidade de comunhão com Ele. Porém, o resto do cântico descreve uma grande derrocada no propósito da adoração. O terceiro verso, por exemplo, demonstra uma compreensão errônea da vida cristã, que não é a fuga do mundo (a menos que mundo, neste caso, seja compreendido como as tendências da época que são contrárias a Deus, como em Rm.12.2 e Tg.4.4). O quarto verso denota o erro comum implantado pelo arminianismo e a confusão na compreensão do relacionamento entre o homem e Deus. O verso indica que a iniciativa no relacionamento Deus-homem está no homem, como se este pudesse atingir tal grau de santidade por seus próprios esforços, e assim chegar a Deus. O conceito bíblico e reformado é o de que Deus sempre toma a iniciativa em sua relação com o homem, e opera neste tanto o querer como o efetuar, conforme Fp.2.13. Este verso ainda demonstra uma confiança tal em obras que é de se duvidar que seja realmente cristão, pois tal pensamento é apontado pelas Escrituras como errado (cf.Ef.2.8,9, por exemplo) e é denunciado por Calvino (2000, p.23). A figura do abraço não é encontrada nas Escrituras, e demonstra um cristianismo mais voltado para o palpável, os sentidos, e não a fé, que é ordenada por Deus.

Um comentário:

Pablo Ramada disse...

Mais um nocaute.

Selinho pra vc lá no blog.