quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Por que o tempo de vida e as experiências não garantem o conhecimento - pt.2

Sobre a origem do conhecimento (epistemologia)

O pressuposto por trás do argumento acima transcrito é o de que o conhecimento necessário para a prática de aconselhar é obtido por meio das experiências e sensações vividas. Esta idéia é conhecida como EMPIRISMO.

O empirismo não sobrevive aos ataques mais simples de um questionador. Vamos pensar, por exemplo, que um jovem vivencie a experiência de um casamento. Como a experiência em si trará o conhecimento sobre o que é o casamento, quem deve ser a sua noiva, como ele deve se portar no papel de marido, e todas as outras nuances do casamento? A experiência em si não revelará nada disso. Ele precisará de conhecimento prévio para interpretar as experiências e saber como agir. Isso significa que ele não precisava ter passado pela experiência, bastava-lhe o conhecimento prévio, adquirido por meio da revelação de Deus.

Pensemos em alguém que passou por uma luta relacionada à morte de um familiar. Novamente vem a questão: como o simples “experimentar” uma situação de morte na família pode produzir o conhecimento necessário para aconselhar outros? Alguém poderia responder: Ele observará a situação e o comportamento dos outros para aprender. Mas novamente encontramos um problema: como ele saberá que aquela maneira de se comportar é a correta? É necessário um conhecimento anterior, e, portanto, separado da experiência, para que os eventos sejam corretamente interpretados.

Com isto, cai a idéia de que somente alguém vivido tem autoridade para falar sobre alguma coisa. Não é a experiência em si que garante a legitimidade, mas o conhecimento verdadeiro sobre o assunto, e isto vem da Mente perfeita – o Senhor Deus.

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