O meu amigo, Pr. Juan de Paula, faz uma distinção entre o dom e o ofício pastoral. Para alguém exercer o ofício pastoral, ele deve ter o dom. Mas nem todos os que têm o dom devem exercer o ofício. O dom diz respeito ao cuidar de pessoas, "pastoreá-las" em um sentido amplo, de acompanhamento, encorajamento e admoestação.
Nesse sentido, alguém pode ser um pastor sem ser ordenado.
A ordenação é o reconhecimento público da vocação Divina, bem como o envio por parte da Igreja ao novo pastor. Não há algo místico, no sentido de que apenas na ordenação o candidato vai receber uma "nova força" que o transformará em um pastor eficaz. Por outro lado, a ordenação é ressaltada por Paulo (a imposição de mãos do presbitério) como algo importante para a Igreja, considerando que o Pastor está inserido na comunidade dos santos, e não surge simplesmente "do nada" dizendo-se um líder cristão.
Os dons precisam ser manifestos desde antes, pois eles são o critério para alguém ser ordenado, segundo o apóstolo Paulo.
Não creio que a Bíblia nos autorize a dizer que uma vez pastor, sempre pastor. Um pastor precisa pastorear. Alguém despojado do cargo em disciplina, por exemplo, é membro da igreja, mas não pastor ordenado.
Abraço, e obrigado pela pergunta.
sexta-feira, 30 de julho de 2010
Alguém pode ser pastor sem ser ordenado? Qual o papel da ordenação, há algum fator místico ou espiritual, ou é apenas o reconhecimento dos dons de pastor, já manifestos? Uma vez pastor, sempre pastor?
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Um comentário:
Concordo com a resposta, simples e direta.
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