Você não acha que os pastores e as igrejas estão, de um modo geral, pouco preparados para enfrentar o mundo "pós-moderno"? E a que se deve tamanho despreparo por parte daqueles que deveriam guiar o rebanho pelo caminho correto?
Não sei se eu conseguiria fazer uma análise tão precisa por aqui. Vamos esboçar alguma coisa:
Sim, acho que, em geral, estamos (nós) pouco preparados para o nosso tempo. Por um lado, temos as igrejas emergentes, que receberam a pós-modernidade de braços abertos. No outro extremos, temos as demais igrejas (não apenas as conservadoras), que, independetemente do seu formato (tradicional, pentecostal, ...), adotam uma mentalidade incapaz de dialogar profundamente com o nosso tempo, para apresentar a verdade. [Leia O Deus que intervém, do Francis Schaeffer].
Tal despreparo se deve, entre outras coisas, ao problema de formação da liderança eclesiástica. Muitos seminários se preocupam em ensinar teologia sistemática, mas não ensinam o seminarista a pensar o seu tempo, e a aplicar a sua Teologia ao seu dia-a-dia. Além dos seminários, as igrejas, enquanto formadoras dos futuros pastores, também falham neste ponto.
Outro fator que pode gerar esse fenômeno, é a mentalidade fragmentada do nosso tempo, que alcançou a igreja em alguma medida. Por causa da departamentalização da vida, muitos acham normal serem sujeitos que trabalham ou estudam a partir de filosofias antibíblicas, e no domingo fecham os olhos para cantar a Deus. A dificuldade em viver a partir de uma cosmovisão cristã cria muitas barreiras a uma ação mais efetiva da igreja.
Obrigado pela pergunta.
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